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A demanda por recursos públicos é cada vez maior. A briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra. Nas recentes manifestações públicas brasileiras, surgiram novas e diversas demandas, desde “passe livre”, saúde, educação, até melhorias do serviço público em geral. A resposta dos governantes é sempre a mesma: “Não há recurso público”. Mas será que não devem existir recursos suficientes para atender às demandas da sociedade?
Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política. Ao governo cabe dizer onde os recursos serão investidos, e isso também significa dizer onde não serão aplicados. Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados, e de quem não serão cobrados, ou seja, quem vai e quem não vai pagar a conta. E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla, envolvendo todo seu conjunto de instituições.
Trata-se, enfim, de uma opção política.
Uma alternativa para aumentar os recursos públicos disponíveis é fechar seus diversos ralos. No lado dos gastos e despesas, é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública para evitar desvios com corrupção, além de melhorar a qualidade da alocação dos recursos. Já no lado dos ingressos, é urgente combater os buracos negros no campo tributário, que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais.
HICKMAN, C. M. Le Monde Diplomatique Brasil, 02 set. 2013.
Os ralos do dinheiro público no campo tributário
. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484. Texto com adaptações.
De acordo com as ideias presentes no texto, analise as assertivas abaixo.
I. Não há possibilidade de flexibilização nas escolhas do governo quanto à captação e à distribuição de recursos públicos, uma vez que elas são de ordem técnica.
II. Para resolver o problema mencionado pelo autor, é necessário, apenas, otimizar a gestão do dinheiro público, uma vez que o país já tem alta tributação, não sendo necessária a criação de mais taxas.
III. Um maior rigor no controle do dinheiro que ingressa no Estado favoreceria o aumento dos recursos públicos disponíveis, sendo um dos aspectos que evitaria a resposta de sempre dos governantes quando o assunto é investimento nos serviços públicos.
É correto o que se afirma em
A)
III, apenas.
B)
I, apenas.
C)
I e III, apenas.
D)
II e III, apenas.
E)
I, II e III.
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Depois de pouco mais de 17 anos de inflação controlada e quase 25 anos de semi-estagnação da renda por brasileiro, o gigante, finalmente, parece acordar convalescente de uma longa temporada febril. Atualmente, assiste-se a reconquista do maior dinamismo da economia associado à redução da pobreza e da desigualdade da renda do trabalho. Ainda que imediatamente não implique mudar a face assustadora das mazelas sociais brasileira, indica, contudo, como os passos de hoje permitem incluir novo contingente social na esfera do consumo, bem como na esperança de dias melhores.
Talvez tão importante quanto isso seja a retomada do debate sobre o futuro do Brasil. O longo prazo representa antecipar para o presente a nação que se deseja construir. Só agora, passado o tempo do regime fechado, controlada a inflação e superado o anacronismo do pensamento único, o país parece se permitir ir além e começar a sair das amarras, buscando preparar a nação para a existência de uma sociedade mais justa e um lugar digno entre os povos.
O livro que agora se apresenta nasce com esse espírito crítico, inovador e democrático, mérito inegável de seus organizadores e de todos os autores participantes. Ao longo dos seus capítulos, o leitor encontrará o conjunto de ideias principais que guiam o debate recente sobre o desenvolvimento econômico e social do país, suas oportunidades e desafios. É também uma publicação plural posto que, lado a lado, autores das mais diferentes escolas econômicas expõem seu pensamento, sem qualquer ruído ou pejo, em favor de um debate franco, aberto e visando um país melhor.
Contudo, apesar da diversidade das opiniões e teses, uma constante salta aos olhos dos leitores: em todos os textos, a problemática do Estado é muito presente e, até diria, capaz de fazer intuir sobre a linha de interpretação dos autores. Vejamos, por exemplo, que, por grossas linhas, podemos dividir o conjunto dos capítulos em dois grandes blocos: um reticente em relação ao papel a ser exercido pelo Estado no processo de desenvolvimento econômico de uma nação; e, de outro, autores que julgam impossível alcançar algo complexo como o desenvolvimento sem a forte e planejada presença do Estado na economia.
Nesse caso, o primeiro grupo, mais identificado com o pensamento econômico ortodoxo, defende um conjunto de reformas que deem consistência e valorizem princípios privados de acumulação, empreendedorismo e sucesso de cada agente. Para eles, a ação racional e individualista dos homens, dadas as necessárias garantias e estabilidade de uma ordem verdadeiramente capitalista, ofereceria, inequivocamente, o ambiente fértil para o florescer do progresso e do desenvolvimento. Assim, com o Estado garantindo a ordem, as instituições e a democracia, com preços relativos se posicionando corretamente e a competição livre, se emitiriam os sinais adequados para que se sentissem atraídos os investidores, ajustando, de acordo com aquilo que a sociedade mais valoriza, a alocação de recursos e a produção.
A partir do outro ponto de vista, em meio aos autores mais próximos da tradição heterodoxa do pensamento econômico, o papel do Estado é visto como historicamente indissociável do processo de desenvolvimento e, por isso mesmo, tido como estratégico. Para estes, dada a especificidade histórica da sociedade brasileira e latino-americana, a atuação das forças primárias do mercado leva, inexoravelmente, à manutenção da ordem elitista e concentradora dos frutos do crescimento e do progresso econômico. De maneira um pouco mais forte e tomando emprestada uma observação de Celso Furtado, para eles o desenvolvimento dentro de uma sociedade periférica e dependente não é possível. Assim, segundo esses pensadores, o Estado seria o único agente social capaz de proporcionar, dentro do capitalismo, um ambiente de mudança social em favor de uma ordem mais produtiva, igual, democrática e progressista. Em outros termos: sem Estado, não há desenvolvimento nem soberania.
POCHMANN, M.
Prefácio.
Sociedade e Economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento
. Org: João Sicsú e Armando Castelar. Brasília: IPEA, 2009. Texto com adaptações.
Levando em consideração o 1º parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
A)
É obrigatória a utilização do acento indicativo de crase antes de “reconquista”, no segundo período, já que o verbo “assistir”, na acepção utilizada, rege a preposição “a”.
B)
É obrigatória a utilização da preposição “em” após o verbo “mudar”, no último período, já que o verbo “implicar” a exige.
C)
A preposição “em” utilizada em “Bem como na esperança de dias melhores” é dispensável, portanto sua supressão não afeta a clareza nem a organização sintática da frase.
D)
A expressão “da desigualdade da renda” pode ser antecedida pelo adjetivo “menor”, o que reforçaria o problema citado, sem causar prejuízo para a clareza do fragmento
E)
Se “associado” for trocado por “associada”, passará a referir-se ao vocábulo “reconquista”, sem causar, portanto, prejuízo para a clareza do fragmento.
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A demanda por recursos públicos é cada vez maior. A briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra. Nas recentes manifestações públicas brasileiras, surgiram novas e diversas demandas, desde “passe livre”, saúde, educação, até melhorias do serviço público em geral. A resposta dos governantes é sempre a mesma: “Não há recurso público”. Mas será que não devem existir recursos suficientes para atender às demandas da sociedade?
Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política. Ao governo cabe dizer onde os recursos serão investidos, e isso também significa dizer onde não serão aplicados. Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados, e de quem não serão cobrados, ou seja, quem vai e quem não vai pagar a conta. E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla, envolvendo todo seu conjunto de instituições.
Trata-se, enfim, de uma opção política.
Uma alternativa para aumentar os recursos públicos disponíveis é fechar seus diversos ralos. No lado dos gastos e despesas, é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública para evitar desvios com corrupção, além de melhorar a qualidade da alocação dos recursos. Já no lado dos ingressos, é urgente combater os buracos negros no campo tributário, que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais.
HICKMAN, C. M. Le Monde Diplomatique Brasil, 02 set. 2013.
Os ralos do dinheiro público no campo tributário
. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484. Texto com adaptações.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com relação às regras de pontuação, analise as mudanças do emprego de vírgulas, nas proposições abaixo, relativas a alguns fragmentos extraídos do 2º parágrafo.
I. “E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla.” ? E governo, aqui, deve ser lido em sua acepção mais ampla.
II. “Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política.” ? Inicialmente, cabe dizer que, a aplicação e a origem dos recursos públicos, são sempre uma decisão política.
III. “Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados.” ? Cabe igualmente ao governo, dizer de onde e de quem os recursos serão retirados.
A)
III, apenas.
B)
II, apenas.
C)
I, apenas.
D)
I e III, apenas.
E)
I, II e III.
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Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política. Ao governo cabe dizer onde os recursos serão investidos, e isso também significa dizer onde não serão aplicados. Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados, e de quem não serão cobrados, ou seja, quem vai e quem não vai pagar a conta. E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla, envolvendo todo seu conjunto de instituições.
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Uma alternativa para aumentar os recursos públicos disponíveis é fechar seus diversos ralos. No lado dos gastos e despesas, é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública para evitar desvios com corrupção, além de melhorar a qualidade da alocação dos recursos. Já no lado dos ingressos, é urgente combater os buracos negros no campo tributário, que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais.
HICKMAN, C. M. Le Monde Diplomatique Brasil, 02 set. 2013.
Os ralos do dinheiro público no campo tributário
. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484. Texto com adaptações.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com relação às regras de concordância e regência, assinale a alternativa em que a paráfrase proposta nos fragmentos extraídos do 3º parágrafo do texto esteja adequada às ideias do texto e em conformidade com a prescrição gramatical.
A)
“é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública” ? é necessário a melhoria do controle e da gestão da coisa pública.
B)
“é urgente combater os buracos negros no campo tributário” ? urge em combater os buracos negros no campo tributário.
C)
“que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais” ? que fazem muitos recursos públicos deixando de ingressar nos cofres estatais.
D)
“é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública” necessita-se de melhores controle e gestão da coisa pública.
E)
“é urgente combater os buracos negros no campo tributário” ? é urgente o combate pelos buracos negros no campo tributário.
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De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com relação aos recursos coesivos inseridos em determinados trechos do 1º parágrafo, analise as expressões destacadas nas proposições abaixo.
I. Nas recentes manifestações públicas brasileiras,
por exemplo
, surgiram novas e diversas demandas (...).
II. A resposta dos governantes,
entretanto
, é sempre a mesma (...).
III.
Já
a briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra.
Em função do contexto em que foram inseridas, é(são) coerente(s) com o texto o que está contido em
A)
II e III, apenas.
B)
I e III, apenas.
C)
I e II, apenas.
D)
I, II e III.
E)
II, apenas
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