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Português
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Interpretação de Textos
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Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
2018
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FCC
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TRT - 14ª Região (RO E AC)
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Analista Judiciário - Estatística
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: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Permita-me uma pergunta um tanto primária para começar: você defende o silêncio como forma de resistência, mas de onde nasce o ruído?
− Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico, especialmente em seu caráter mais portátil: sempre carregamos sobre nós dispositivos que nos recordam que estamos conectados, que nos avisam quando recebemos uma mensagem, que organizam os nossos horários com base no ruído. Esta circunstância veio incorporar-se às que já haviam tomado forma no século XX como hábitos contrários ao silêncio, especialmente nas grandes cidades, governadas pelo tráfego de veículos e por numerosas variedades de contaminação acústica. Neste contexto, o silêncio implica uma forma de resistência, uma maneira para manter a salvo uma dimensão interior frente às agressões externas. O silêncio permite-nos ser conscientes da conexão que mantemos com esse espaço interior, o silêncio a visibiliza, enquanto o ruído a esconde. Outra maneira de nos conectarmos com o nosso interior é o caminhar, que transcorre no mesmo silêncio. O maior problema, provavelmente, é que a comunicação eliminou os mecanismos próprios da conversação e se tornou altamente utilitarista com base nos dispositivos portáteis.
O que você responderia a quem sustentasse que o silêncio é uma confissão de ignorância?
− O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo?
Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.
(Entrevista de
Pablo B. Málaga com David le Breton
. Trad. de Sílvio Diogo. Disponível em:
https://www.pensarcontemporaneo.com
)
De acordo com o texto,
A)
graças ao desenvolvimento tecnológico, abre-se hoje a possibilidade de um conhecimento pautado no silêncio contemplativo e no conhecimento de si, como um modo de alcançar uma dimensão desprezada pela linguagem.
B)
o silêncio se relaciona a uma espécie de conhecimento subjetivo mais próximo da fé, por isso a perda de importância que tem sofrido no mundo contemporâneo, marcado pelo ceticismo da ciência.
C)
se hábitos opostos ao silêncio ganharam força no século XX, é porque o utilitarismo foi deixado em segundo plano, frente a uma espécie de conhecimento contemplativo que ganha espaço inclusive na esfera religiosa.
D)
se o utilitarismo, por vezes, relaciona-se ao racionalismo e ao ruído, nem por isso o silêncio deixa de ser uma possibilidade de conhecimento, como ocorre, por exemplo, na tradição cristã.
E)
o silêncio, ainda que seja indício de falta de conhecimento, pode também demonstrar respeito e cautela frente a um mundo pouco conhecido e, não obstante, ocultado pelo ruído, produto dos novos hábitos de consumo.
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TRT - 14ª Região (RO E AC)
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Analista Judiciário - Estatística
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63213
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: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Permita-me uma pergunta um tanto primária para começar: você defende o silêncio como forma de resistência, mas de onde nasce o ruído?
− Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico, especialmente em seu caráter mais portátil: sempre carregamos sobre nós dispositivos que nos recordam que estamos conectados, que nos avisam quando recebemos uma mensagem, que organizam os nossos horários com base no ruído. Esta circunstância veio incorporar-se às que já haviam tomado forma no século XX como hábitos contrários ao silêncio, especialmente nas grandes cidades, governadas pelo tráfego de veículos e por numerosas variedades de contaminação acústica. Neste contexto, o silêncio implica uma forma de resistência, uma maneira para manter a salvo uma dimensão interior frente às agressões externas. O silêncio permite-nos ser conscientes da conexão que mantemos com esse espaço interior, o silêncio a visibiliza, enquanto o ruído a esconde. Outra maneira de nos conectarmos com o nosso interior é o caminhar, que transcorre no mesmo silêncio. O maior problema, provavelmente, é que a comunicação eliminou os mecanismos próprios da conversação e se tornou altamente utilitarista com base nos dispositivos portáteis.
O que você responderia a quem sustentasse que o silêncio é uma confissão de ignorância?
− O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo?
Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.
(Entrevista de
Pablo B. Málaga com David le Breton
. Trad. de Sílvio Diogo. Disponível em:
https://www.pensarcontemporaneo.com
)
As frases abaixo dizem respeito à pontuação do texto.
I. Em ...
nas grandes cidades, governadas pelo tráfego de veículos...
(1 o parágrafo), a supressão da vírgula acarretaria sentido explicativo ao segmento
subsequente
.
II. Feitas as devidas alterações na frase, o ponto final, em ...
para nos
distanciarmos do ruído
.
E este é um valor
... (2 o parágrafo), pode ser substituído por vírgula.
III. Em ...
dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem
(2 o parágrafo), a supressão da vírgula, embora ocasione alteração de sentido, não prejudica a correção gramatical.
Está correto o que consta APENAS de
A)
II.
B)
II e III.
C)
I e III.
D)
I e II.
E)
III.
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Português
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Interpretação de Textos
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Coesão e Coerência
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Redação e Reescritura de Texto
2018
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TRT - 14ª Região (RO E AC)
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− Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico, especialmente em seu caráter mais portátil: sempre carregamos sobre nós dispositivos que nos recordam que estamos conectados, que nos avisam quando recebemos uma mensagem, que organizam os nossos horários com base no ruído. Esta circunstância veio incorporar-se às que já haviam tomado forma no século XX como hábitos contrários ao silêncio, especialmente nas grandes cidades, governadas pelo tráfego de veículos e por numerosas variedades de contaminação acústica. Neste contexto, o silêncio implica uma forma de resistência, uma maneira para manter a salvo uma dimensão interior frente às agressões externas. O silêncio permite-nos ser conscientes da conexão que mantemos com esse espaço interior, o silêncio a visibiliza, enquanto o ruído a esconde. Outra maneira de nos conectarmos com o nosso interior é o caminhar, que transcorre no mesmo silêncio. O maior problema, provavelmente, é que a comunicação eliminou os mecanismos próprios da conversação e se tornou altamente utilitarista com base nos dispositivos portáteis.
O que você responderia a quem sustentasse que o silêncio é uma confissão de ignorância?
− O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo?
Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.
(Entrevista de
Pablo B. Málaga com David le Breton
. Trad. de Sílvio Diogo. Disponível em:
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Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política
. (último parágrafo)
As frases acima articulam-se em um único período, mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, em:
A)
Desde que o caminhar, como o silêncio, seja uma forma de resistência política, é, sim, o que acontece.
B)
Sim, é o que acontece, porque o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política.
C)
Sim, é o que acontece, posto que o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política.
D)
Conforme o caminhar, como o silêncio, seja uma forma de resistência política, é, sim, o que acontece.
E)
Sim, é o que acontece, de modo que o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política.
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Redação e Reescritura de Texto
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− O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo?
Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.
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No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir...
(último parágrafo)
Adequando-se a frase acima ao mesmo nível de formalidade das demais respostas de David le Breton, a redação resultante encontra-se em:
A)
No momento de sairmos de casa, de movimentarmos, de imediato nos vemos diante da interferência de critérios utilitaristas que nos evidenciam perfeitamente para onde devemo-nos ir.
B)
No momento de sair-se de casa, de movimentar-se, de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde se deve ir.
C)
No momento de sair de casa, de movimentarmo-nos, de imediato nos vemos diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde devemos ir.
D)
No momento de a gente sair de casa, de movimentar-se, de imediato nos vemos diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente aonde a gente deve ir.
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No momento de sair de casa, de movimentar-te, de imediato te vês diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente aonde deve ires.
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Interpretação de Textos
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Tipologia Textual e Tipos de Discurso (direto, Indireto, Indireto Livre)
2018
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O que você responderia a quem sustentasse que o silêncio é uma confissão de ignorância?
− O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo?
Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.
(Entrevista de
Pablo B. Málaga com David le Breton
. Trad. de Sílvio Diogo. Disponível em:
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)
..
de onde nasce o ruído?
– Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico...
(1 o parágrafo)
A correta alteração do discurso direto para o indireto das frases acima, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido, encontra-se em:
A)
Perguntado de onde nasce o ruído, David le Breton afirmaria que boa parte de nossa relação com o ruído tinha procedido do desenvolvimento tecnológico.
B)
À pergunta a própósito de onde nasceria o ruído, o entrevistado respondeu que boa parte de nossa relação com o ruído seria procedente do desenvolvimento tecnológico.
C)
David le Breton, tendo-se questionado de onde nasceria o ruído, responderia que boa parte de nossa relação consigo procede do desenvolvimento tecnológico.
D)
Responde à pergunta sobre aonde nasce o ruído, o entrevistado que afirma que sua relação com o mesmo procede do desenvolvimento tecnológico.
E)
Questionado, David le Breton responde sobre a origem do ruído, cuja boa parte de nossa relação procede do desenvolvimento tecnológico.
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