Uma das especificidades da leitura que se pode denominar latino-americana sobre o território está ligada ao fato de que ela parte da esfera do vivido, das práticas ou, como enfatizava Milton Santos, do “uso” do território – mas um uso que se estende bem além do simples valor de uso, compreendendo também um expressivo valor simbólico.
HAESBAERT, Rogério. Do corpo-território ao território-corpo (da Terra):
contribuições decoloniais. GEOgraphia Niterói, Universidade
Federal Fluminense ISSN 15177793 (eletrônico) GEOgraphia,
v. 22, n. 48, 2020, com adaptações
A produção contemporânea da geografia latino-americana tem incorporado elementos do pensamento decolonial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
A colonização da América Latina tem como traço marcante a incorporação da população indígena como agente político do processo de ocupação do território.
A respeito da crise da monarquia espanhola e dos processos de independência na América, julgue (C ou E) o item a seguir.
As chamadas Abdicações de Bayona constituem um momento decisivo de crise da monarquia espanhola. O estabelecimento da nova dinastia deflagrou reações contrárias à ocupação francesa tanto na Europa quanto na América. Os setores liberais organizaram-se na forma de juntas provinciais que formaram a Junta Suprema e Governativa, em Sevilha, ao passo que os reformistas e legitimistas optaram por aderir a um Conselho de Regência.
Na Nova Espanha, o primeiro movimento insurrecional deu-se com o Grito de Dolores, estimulado pelo padre Miguel Hidalgo na província de Guanajuato. Hidalgo renegava os espanhóis peninsulares porque teriam impedido o autogoverno dos espanhóis americanos e por terem capitulado perante os franceses, considerados hereges pelo padre.
Entre as repercussões da crise dinástica espanhola no rio da Prata, destaca-se o esforço do governador de Montevidéu, Francisco Javier de Elío, pela deposição do vice-rei de Buenos Aires. A convocação de um cabildo abierto para tomar providências a respeito da questão e a campanha publicitária contra o vice-rei foram estimuladas por um forte sentimento antiportenho.
Até o fim de 1810, todos os cabildos do Chile já haviam aderido à Junta de Governo sediada em Santiago. No entanto, os grupos dirigentes criollos não manifestaram apoio explícito e generalizado à ruptura com a Coroa espanhola até 1812, preferindo privilegiar a defesa de uma autonomia circunstancial.
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