No livro Sete Mitos da Conquista Espanhola, o historiador Matthew Restall apresenta como falaciosa a ideia de que os povos indígenas do Altiplano Central do México submeteram-se aos espanhóis em razão da crença de que os europeus “eram deuses.” Todavia, continua sendo um fator que explica a conquista espanhola
a exploração dos conflitos preexistentes entre os povos indígenas por parte dos espanhóis.
a superioridade militar do catolicismo ibérico sobre o politeísmo indígena.
a superioridade dos fuzis europeus sobre as espingardas astecas e incas.
o fanatismo dos povos ameríndios, habituados à submissão aos poderes pessoais.
as condições climáticas favoráveis aos europeus no Altiplano Central do México.
Desde o século XVI, após os primeiros tempos da conquista do Peru e de seu impacto destruidor para os habitantes dos antigos territórios incas, a Coroa espanhola esforçou-se para evitar o genocídio dos súditos americanos organizando os sobreviventes em povoados, os chamados pueblos […]
(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino, História da América Latina)
Segundo a obra citada, os pueblos
A conquista espanhola sobre o Império Asteca ocorreu entre os anos 1519, com a chegada de Hernán Cortez, até 1521 com a conquista da capital Tenochtitlán. Sobre este processo é CORRETO afirmar:
Os espanhóis se aproveitaram da rivalidade que os outros povos tinham com os astecas para criar alianças e destruí-los, sem devolver-lhes nada em troca.
Os espanhóis contrataram outros povos indígenas como mercenários que se tornaram “cabildos” após a conquista, e deram origem aos atuais criollos.
Foi formada uma aliança entre Portugal, Espanha e França para conquistar os territórios astecas, apoiados pela Igreja Católica que tinha interesse em aumentar sua influência.
Cortéz se aproveitou do desconhecimento que os povos astecas tinham sobre doenças comuns na Europa e desencadeou uma epidemia em suas cidades.
Os espanhóis se aproveitaram do fim das Cruzadas e mobilizaram os soldados que retornaram para as campanhas na América, transferindo um enorme contingente de soldados e armas para lutar.
Uma das especificidades da leitura que se pode denominar latino-americana sobre o território está ligada ao fato de que ela parte da esfera do vivido, das práticas ou, como enfatizava Milton Santos, do “uso” do território – mas um uso que se estende bem além do simples valor de uso, compreendendo também um expressivo valor simbólico.
HAESBAERT, Rogério. Do corpo-território ao território-corpo (da Terra):
contribuições decoloniais. GEOgraphia Niterói, Universidade
Federal Fluminense ISSN 15177793 (eletrônico) GEOgraphia,
v. 22, n. 48, 2020, com adaptações
A produção contemporânea da geografia latino-americana tem incorporado elementos do pensamento decolonial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
A colonização da América Latina tem como traço marcante a incorporação da população indígena como agente político do processo de ocupação do território.
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