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Por uma medicina sem futilidades
Futilidade, segundo o dicionário, significa frivolidade, inutilidade, motivo vão. Em medicina, o termo se aplica aos procedimentos cujos benefícios para o paciente são nulos, insignificantes ou altamente improváveis. Frequentemente, é usado para definir atos e intervenções destinados a prolongar a vida de pacientes terminais com prognósticos considerados irreversíveis.
Tambémdenominada obstinação terapêutica, a questão está enraizada na discussão da ética médica, segundo a qual a morte deve ser evitada a qualquer custo. O desenvolvimento tecnológico reforçou essa conduta ao oferecer medicamentos e equipamentos que possibilitam o prolongamento da vida dentro das unidades de tratamento intensivo.
Estabelecer os limites entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina. A luta em favor da vida é justa, legítima e faz parte da natureza humana. No entanto, levado a extremos nos casos irreversíveis, esse esforço pode prejudicar os doentes em vez de trazer benefício, além de impor grande sofrimento aos familiares.
O Código de Ética Médica adotado no Brasil reforça o caráter antiético da eutanásia. Mas também classifica como não indicado o prolongamento artificial da vida, com sofrimento para o doente sem perspectiva de cura ou melhora. Ele orienta que nas situações clínicas irreversíveis e terminais o médico evite procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.
Na revisão do Código feita em 2010, foi incluída pela primeira vez a ortotanásia como alternativa a ser considerada em casos terminais. Trata-se da promoção de cuidados paliativos, como controle da dor e de outros sintomas, para dar ao paciente conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida.
Assim como há rígidos critérios técnicos para definir que o estado do paciente é irreversível, também existem normas para a aplicação da ortotanásia. A principal delas é que a decisão somente pode ser tomada com o consentimento do próprio doente ou dos familiares.
Para isso, é fundamental que toda a equipe envolvida esteja alinhada e partilhe a tarefa de dar ao paciente e/ou aos familiares todas as informações de forma detalhada e transparente. O diálogo sincero e aberto permite que a decisão seja mais serena e consciente, facilitando a aceitação da realidade e garantindo a dignidade daqueles cuja vida vai chegando ao fim.
(Einstein Saúde. Responsável técnico: Dr. Miguel Cendorogio Neto. Revista Veja, 23/10/13)
Assinale a alternativa correta comrelação ao texto.
A)
Pela leitura do texto, percebe-se que alguns termos da língua portuguesa são utilizados com significação específica em algumas áreas de conhecimento.
B)
O termo “esse esforço”, no terceiro parágrafo do texto, funciona como elemento de coesão que retoma, no contexto, o termo CASOS IRREVERSÍVEIS.
C)
Segundo a revisão do Código de Ética Médica, a equipe médica tem obrigação de prolongar a vida dos pacientes terminais, independentemente das consequências decorrentes dessa medida.
D)
Depois da última revisão, em 2010, o Código de Ética Médica passou a tolerar a eutanásia com o objetivo de pôr fim ao sofrimento de pacientes terminais.
E)
Cabe ao médico responsável e à sua equipe a decisão de aplicar ou não a ortotanásia a fim de diminuir o sofrimento de pacientes terminais.
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Por uma medicina sem futilidades
Futilidade, segundo o dicionário, significa frivolidade, inutilidade, motivo vão. Em medicina, o termo se aplica aos procedimentos cujos benefícios para o paciente são nulos, insignificantes ou altamente improváveis. Frequentemente, é usado para definir atos e intervenções destinados a prolongar a vida de pacientes terminais com prognósticos considerados irreversíveis.
Tambémdenominada obstinação terapêutica, a questão está enraizada na discussão da ética médica, segundo a qual a morte deve ser evitada a qualquer custo. O desenvolvimento tecnológico reforçou essa conduta ao oferecer medicamentos e equipamentos que possibilitam o prolongamento da vida dentro das unidades de tratamento intensivo.
Estabelecer os limites entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina. A luta em favor da vida é justa, legítima e faz parte da natureza humana. No entanto, levado a extremos nos casos irreversíveis, esse esforço pode prejudicar os doentes em vez de trazer benefício, além de impor grande sofrimento aos familiares.
O Código de Ética Médica adotado no Brasil reforça o caráter antiético da eutanásia. Mas também classifica como não indicado o prolongamento artificial da vida, com sofrimento para o doente sem perspectiva de cura ou melhora. Ele orienta que nas situações clínicas irreversíveis e terminais o médico evite procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.
Na revisão do Código feita em 2010, foi incluída pela primeira vez a ortotanásia como alternativa a ser considerada em casos terminais. Trata-se da promoção de cuidados paliativos, como controle da dor e de outros sintomas, para dar ao paciente conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida.
Assim como há rígidos critérios técnicos para definir que o estado do paciente é irreversível, também existem normas para a aplicação da ortotanásia. A principal delas é que a decisão somente pode ser tomada com o consentimento do próprio doente ou dos familiares.
Para isso, é fundamental que toda a equipe envolvida esteja alinhada e partilhe a tarefa de dar ao paciente e/ou aos familiares todas as informações de forma detalhada e transparente. O diálogo sincero e aberto permite que a decisão seja mais serena e consciente, facilitando a aceitação da realidade e garantindo a dignidade daqueles cuja vida vai chegando ao fim.
(Einstein Saúde. Responsável técnico: Dr. Miguel Cendorogio Neto. Revista Veja, 23/10/13)
Em: “Trata-se da promoção de cuidados paliativos, como controle da dor e de outros sintomas, PARA DAR AO PACIENTE CONFORTO E BEM-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL EM SEU FINAL DE VIDA."(§5), o trecho destacado expressa,no contexto, ideia de:
A)
concessão.
B)
conformidade.
C)
causa.
D)
consequência.
E)
finalidade.
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Futilidade, segundo o dicionário, significa frivolidade, inutilidade, motivo vão. Em medicina, o termo se aplica aos procedimentos cujos benefícios para o paciente são nulos, insignificantes ou altamente improváveis. Frequentemente, é usado para definir atos e intervenções destinados a prolongar a vida de pacientes terminais com prognósticos considerados irreversíveis.
Tambémdenominada obstinação terapêutica, a questão está enraizada na discussão da ética médica, segundo a qual a morte deve ser evitada a qualquer custo. O desenvolvimento tecnológico reforçou essa conduta ao oferecer medicamentos e equipamentos que possibilitam o prolongamento da vida dentro das unidades de tratamento intensivo.
Estabelecer os limites entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina. A luta em favor da vida é justa, legítima e faz parte da natureza humana. No entanto, levado a extremos nos casos irreversíveis, esse esforço pode prejudicar os doentes em vez de trazer benefício, além de impor grande sofrimento aos familiares.
O Código de Ética Médica adotado no Brasil reforça o caráter antiético da eutanásia. Mas também classifica como não indicado o prolongamento artificial da vida, com sofrimento para o doente sem perspectiva de cura ou melhora. Ele orienta que nas situações clínicas irreversíveis e terminais o médico evite procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.
Na revisão do Código feita em 2010, foi incluída pela primeira vez a ortotanásia como alternativa a ser considerada em casos terminais. Trata-se da promoção de cuidados paliativos, como controle da dor e de outros sintomas, para dar ao paciente conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida.
Assim como há rígidos critérios técnicos para definir que o estado do paciente é irreversível, também existem normas para a aplicação da ortotanásia. A principal delas é que a decisão somente pode ser tomada com o consentimento do próprio doente ou dos familiares.
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(Einstein Saúde. Responsável técnico: Dr. Miguel Cendorogio Neto. Revista Veja, 23/10/13)
Na palavra destacada em “caráter ANTIÉTICO”. o prefixo significa:
A)
simultaneidade.
B)
oposição.
C)
duplicidade.
D)
posição interior.
E)
excesso.
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Estabelecer os limites entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina. A luta em favor da vida é justa, legítima e faz parte da natureza humana. No entanto, levado a extremos nos casos irreversíveis, esse esforço pode prejudicar os doentes em vez de trazer benefício, além de impor grande sofrimento aos familiares.
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Assinale a opção em que, ao fazer a modificação no fragmento do texto, o acento indicativo de crase foi corretamente colocado.
A)
“Estabelecer OS LIMITES entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina." Estabelecer À LINHA LIMÍTROFE entre a utilidade e a futilidade é um dos maiores dilemas da medicina.
B)
“[...] esse esforço pode prejudicar OS DOENTES em vez de trazer benefício [...]" ... esse esforço pode prejudicar ÀS PESSOAS ENFERMAS em vez de trazer benefício...
C)
“Mas também classifica como não indicado O PROLONGAMENTO artificial da vida [...]" Mas também classifica como não indicado À EXTENSÃO artificial da vida...
D)
“[...] para dar AO PACIENTE conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida." (5 §) ... para dar À PESSOA DOENTE conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida.
E)
“[...] a decisão somente pode ser tomada com O CONSENTIMENTO do próprio doente ou dos familiares." ... a decisão somente pode ser tomada com À AUTORIZAÇÃO do próprio doente ou dos familiares.
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O Código de Ética Médica adotado no Brasil reforça o caráter antiético da eutanásia. Mas também classifica como não indicado o prolongamento artificial da vida, com sofrimento para o doente sem perspectiva de cura ou melhora. Ele orienta que nas situações clínicas irreversíveis e terminais o médico evite procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.
Na revisão do Código feita em 2010, foi incluída pela primeira vez a ortotanásia como alternativa a ser considerada em casos terminais. Trata-se da promoção de cuidados paliativos, como controle da dor e de outros sintomas, para dar ao paciente conforto e bem-estar físico e emocional em seu final de vida.
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Apenas uma das frases abaixo pode ser preenchida com o mesmo pronome relativo que aparece em “[...] garantindo a dignidade daqueles cuja vida vai chegando ao fim.” (parágrafo 7) Aponte-a.
A)
Esse é um grande favor ____ não tenho como pagar-lhe.
B)
Algumas pessoas não percebem ____ vida precisa ser preservada.
C)
Esta é a sala ____ porta fica ao lado da enfermaria.
D)
O chefe mandou um recado ____ não era agradável aos funcionários.
E)
O hospital ____ estive antes tinha excelentes profissionais.
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