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#334117
•
prova:
14046
•
questão 1
simulado
•
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
2010
•
FCC
•
TRT - 22ª Região (PI)
•
Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados
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Sobre o natural e o sobrenatural
Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.
No meu livro
Criação imperfeita
, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico
Richard Feynman
, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?
(Adaptado de Marcelo Gleiser,
Folha de S. Paulo
, 11/07/2010)
O texto, em seu todo, deve ser entendido como
A)
uma manifestação pessimista do autor quanto à eficácia das descobertas científicas.
B)
uma reflexão sobre o alcance da ciência, numa perspectiva em que este é relativizado.
C)
um questionamento da atitude dos cientistas que duvidam do poder absoluto da pesquisa.
D)
uma crítica à obsolescência das máquinas, que não acompanham o ritmo das nossas percepções.
E)
um duro questionamento do crescente prestígio das coisas inexplicáveis, cada vez mais numerosas.
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#334118
•
prova:
14046
•
questão 2
simulado
•
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
2010
•
FCC
•
TRT - 22ª Região (PI)
•
Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados
Exibir texto associado
Sobre o natural e o sobrenatural
Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.
No meu livro
Criação imperfeita
, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico
Richard Feynman
, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?
(Adaptado de Marcelo Gleiser,
Folha de S. Paulo
, 11/07/2010)
No segundo parágrafo do texto, o autor deixa claro que considera
A)
o desconhecido não mais do que uma região do conhecimento que certamente se esclarecerá no futuro.
B)
a existência de mistérios inescrutáveis uma prova de que nossa capacidade de intuir é ainda bastante limitada.
C)
a razão e a intuição operações complementares entre si, numa associação capaz de produzir novos conhecimentos.
D)
os obstáculos sobrenaturais inteiramente ilusórios, uma vez que nossa intuição nos diz que a razão os removerá.
E)
a intuição e a razão degraus imediatamente sucessivos na escalada de um novo conhecimento.
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#334119
•
prova:
14046
•
questão 3
simulado
•
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
2010
•
FCC
•
TRT - 22ª Região (PI)
•
Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados
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Sobre o natural e o sobrenatural
Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.
No meu livro
Criação imperfeita
, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico
Richard Feynman
, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?
(Adaptado de Marcelo Gleiser,
Folha de S. Paulo
, 11/07/2010)
Atente para as seguintes afirmações:
I. No 3º parágrafo, entende-se que o livro
Criação imperfeita
expressa a posição do autor segundo a qual sempre haverá limites para nossa observação e visão de mundo.
II. No 4º parágrafo, afirma-se que as coisas inexplicáveis, que costumam aterrorizar as pessoas, devem ser objeto de uma investigação racional.
III. No último parágrafo, a frase de Richard Feynman indica que, para esse físico, o desconhecido não deve ser motivo para acreditarmos no sobrenatural.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
A)
I, II e III.
B)
I e II, apenas.
C)
II e III, apenas.
D)
I e III, apenas.
E)
II, apenas.
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#334120
•
prova:
14046
•
questão 4
simulado
•
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
|
Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.
|
Redação e Reescritura de Texto
2010
•
FCC
•
TRT - 22ª Região (PI)
•
Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados
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Sobre o natural e o sobrenatural
Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.
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, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico
Richard Feynman
, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?
(Adaptado de Marcelo Gleiser,
Folha de S. Paulo
, 11/07/2010)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
A)
existem mistérios inescrutáveis
(2º parágrafo) = ocorrem fenômenos imperceptíveis.
B)
relações de causa e efeito
(2º parágrafo) = vinculações pela casualidade.
C)
não são capazes de antecipar
(3º parágrafo) = são ineptas para premeditar.
D)
usando nossa intuição e instrumentos
(3º parágrafo) = valendo-nos da nossa hesitação e nossos recursos.
E)
Parafraseando o poeta
(4º parágrafo) = expressando de outro modo o que bardo disse.
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14046
•
questão 5
simulado
•
prova
•
edital
Português
•
Sintaxe
|
Concordância Verbal e Concordância Nominal
2010
•
FCC
•
TRT - 22ª Região (PI)
•
Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados
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Sobre o natural e o sobrenatural
Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.
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, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico
Richard Feynman
, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?
(Adaptado de Marcelo Gleiser,
Folha de S. Paulo
, 11/07/2010)
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
A)
Quando se partem de regiões obscuras, nossas ideias não poderão ser produtivas.
B)
Duas alternativas sempre haverão, restando-nos sempre a dificuldade de optar entre elas.
C)
Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas vivem fazendo implicam um reforço do sobrenatural.
D)
Ao fenômeno cuja natureza os cientistas ignoram costuma o leigo recorrer como prova do sobrenatural.
E)
Não ficaram claro, para os leitores do texto, quais exatamente foram os versos parafraseados do poeta Lucrécio.
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Não cabe aqui julgar se a banca examinadora está correta ou não
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